Conteúdo 4, Tópico 3
Em andamento

Lição 9 – Cuidado Com a Internet, Evangelista!

Conteúdo Progresso
0% concluído

A Netflix surpreendeu o público com o docodrama “O Dilema das Redes” (¹), baseado em denúncias feitas por especialistas, ex-funcionários das maiores plataformas da internet na actualidade, tais como: Tristan Harris (ex-engenheiro do Google); Aza Paskin (design de interfaces e inventor do sistema de rolagem infinita das redes sociais); Guillaume Chaslot (criador do algorítmo de recomendação de vídeos no Youtube); Bailey Richardison (codesenvolvedora e ex-funcionária do Instagram); Jim Kendale (ex-funcionário do Facebook); Alex Roetter (ex-director do Twitter) e Justin Rosenstein (ex-funcionário do Facebook responsável pelo desenvolvimento do “like”). O polémico documentário revela o plano dos donos das redes sociais dea manipulação de sentimentos, pensamentos, desejos e comportamentos dos seus usuários (²). De acordo com o documentário, essas redes fazem com que as pessoas gastem muito tempo expostas a anúncios das suas empresas parceiras. Os usuários que não possuem condições para comprar tais produtos, eles mesmos se tornam o produto. Ou melhor, quanto mais tempo as pessoas passam nessas plataformas, os donos dessas redes sociais facturam por elas (³). Entende-se agora o porquê de haver tanta gente hipnotizada pelas telinhas dos smartphones. Para conseguirem essa atenção compulsiva do público, eles uniram a Inteligência Artificial e a Neurociência, e criaram recursos que causam efeitos poderosos sobre a mente humana (4). Recursos ilusórios que proporcionam prazer viçoso capaz de gerar dependência. Por exemplo, o “like” e o “comentário”, embora sejam autênticas ilusões virtuais, são recursos que podem gerar prazer e dependência. Não admira que alguns sintam tristeza ao notarem “likes” e “comentários” abaixo da sua expectativa, nas suas postagens.

Esses recursos fazem com que os cérebros das pessoas fiquem “semelhantes aos dos peixes”, mais guiados por desejos e instintos – muito difíceis de controlar – do que pela razão, para que possam cair muito facilmente nos anzóis dos donos dessas redes. Como exemplo disso é o facto de que mesmo tendo a mente saturada – depois de longas horas nas redes sociais – muitas pessoas não conseguem largar o smartphone, nem ignorar o desejo de pegar no celular novamente, após pouco tempo de pausa (5). Rosenstein  (ex-funcionário do Facebook que desenvolveu o “like”), chegou a contar para o brasileiro Ricardo Senra (repórter da BBC News) que desinstalou todas as redes sociais, incluindo o Facebook, quando percebeu que elas estavam a roubar-lhe o tempo de estar com a sua família, com amigos, e de viver a vida real.

A internet é definitivamente maléfica? Não. A faca pode cortar uma cebola para preparar com ela um maravilhoso prato, mas também pode ser mortal na mão de um assassino. Depende da finalidade, de quem a usa, e da forma de uso. A internet pode ser tremendamente benéfica, especialmente para a divulgação do Evangelho do Reino de Deus. É possível usar as redes sociais sem, no entanto, ser vítima das ciladas que existem nelas? Sim. Veja como no próximo capítulo. Mas nunca se esqueça: “Cuidado com a internet, evangelista!”

Referências

(1) – “Análise crítica do documentário ´O Dilema das Redes`”, https://blogfca.pucminas.br – acessado aos 08/12/2022

(2) – “Resenha: O Dilema das Redes (2020)”, https://internacionaldaamazonia.com – acessado aos 08/12/2022 

(3) – “Impactos das redes sociais na saúde mental”, https://www.vittude.com – acessado aos 08/12/2022

(4) – “COMO A AI E DOPAMINA NOS PRENDEM NAS REDES SOCIAIS”, https://diogocortiz.com.br acessado aos 08/12/2022  

(5) –  “Redes sociais e saúde mental: será que existe influência?”, https://hospitalsantamonica.com.br – acessado aos 08/12/2022