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Lição 2 – Geração Fanática

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Você já deve ter lido textos “evangélicos” fanáticos que às vezes começam lindamente, mas terminam com advertências sombrias, tais como: “Uma jovem ignorou esta mensagem e morreu no dia seguinte; e a outra que compartilhou foi promovida no trabalho. Compartilhe esta mensagem e vão chover bênçãos sobre sua vida. Se não fizer isso, vai ter um ano de azar!” Pois é, todos os dias chovem mensagens bíblicas, textos bíblicos, nos grupos, nos status e nos feeds das redes sociais. Mas será que existe alguém que consegue ler tantos textos aleatórios e desorientados?
Realmente, muitos compartilham textos bíblicos, meditações, ou textos motivadores, sem um real compromisso com esse conteúdo, e às vezes nem eles mesmos lêem.  Apenas repassam. Ou compartilham por força do hábito, ou porque se sentem obrigados a compartilhar alguma coisa para também ganharem notoriedade. Esta é a nossa geração. Com tanta informação mas carente de conhecimento. Agora, como pregar para uma geração assim, através da internet, se quase todas as pessoas de todas as igrejas têm textos a postar e, fechando os ouvidos, afirmam que não precisam ouvir o Evangelho porque já possuem a verdade?

Na minha pouca experiência percebi que para alcançar pessoas, virtualmente, o método evangelístico deve ser muito diferente do que elas estão acostumadas a ver e fazer. Se elas já compartilham textos aleatórios nos grupos e tudo mais, então, necessitam de algo peculiar e que lhes seja irresistível. A mensagem adventista em si só é poderosa e distinta, mas deve haver um meio diferente de apresentá-la virtualmente, sob o risco de ser confundida com as mensagens vulgares, e não receber atenção. Uma vez fui convidado por um irmão para participar de um grupo intitulado “Evangelismo Digital”. Fiquei maravilhado e disposto a contribuir. Quando comecei a acompanhar a dinâmica do grupo, porém, percebi que uma série de conteúdos desorientados caía toda a hora como cometas no fim do mundo. Dentre estes, as lições da Escola Sabatina, as meditações diárias, textos motivacionais, figurinhas engraçadas, memes, conversas particulares – fora do propósito do grupo –, entre outras coisas. Sinceramente, tentei ler uma e outra coisa, mas não consegui ir muito longe. Perguntei ao responsável do grupo se havia algum plano evangelístico concreto além daquele cenário caótico. Ele simplesmente me contou que a ideia era meramente “convidar as pessoas não-adventistas para o grupo” e aí elas acompanhariam aquela enxurrada de mensagens e se converteriam. Eu não pude permanecer lá, pois já havia estado em diversos grupos semelhantes e já sabia que tal método era ineficaz. Aliás, notei que muitos, bem antes de mim, iam saindo do grupo. De fato, as pessoas já estão cansadas desse tipo de grupo, sem um planejamento concreto. Um programa concreto é necessário para que uma campanha evangelística virtual tenha frutos reais. Grupos organizados podem, sim, ser fundamentais num evangelismo virtual, mas apenas como locais (ou ferramentas) para conseguir amizades e alcançar alunos para um programa evangelístico (concreto) associado ao tal grupo. Programa no qual aprenderiam a Bíblia de maneira mais particular e orientada, e não no cenário tedioso e confuso do grupo. Sinceramente, eu acho ser quase impossível que alguém peça pelo batismo só porque acompanhou artigos postados num grupo, sem que tenha tido lições bíblicas orientadas a ela de forma particular. E mesmo que isso fosse possível, no mínimo seria inseguro. Não acha? É óbvio que você concorda comigo (risos).